No mundo real a ansiedade é bastante comum, é provável que todos tenhamos experimentado ansiedade em algum momento, o que não significa sofrermos de transtorno de ansiedade. Em muitos casos a ansiedade é uma resposta normal adaptativa e positiva, até certo ponto saudável, na medida em que o medo nos protege de cometermos erros e de agir impulsivamente.
Como é exatamente, sentir-se ansioso? Há uma sensação crescente de que algo de mau está para acontecer, um vago sentimento de perda iminente, sentimo-nos intranqüilos, preocupados, amedrontados, inseguros, desamparados, com tremores, tensão muscular, palpitações, sudorese, falta de ar. Os acontecimentos parecem escapar ao controle. A maioria das pessoas se vê às voltas com um pouco de ansiedade todos os dias. Quem vai dar uma festa fica agitado antes dela, os estudantes ficam preocupados antes dos exames, o adolescente fica nervoso no primeiro encontro com a pretendente, tudo isto é ansiedade de preparação. É o medo de ser um fracasso, de não ter onde por a cara. Esta ansiedade em quantidades moderadas ajuda a pessoa a se preparar para dar o melhor de si. Ela é comum.
A ansiedade patológica, anormal caracteriza-se pela excessiva intensidade e prolongada duração, leva a conseqüências negativas, causa prejuízos à saúde, à vida social, afetiva e profissional, impedindo o crescimento o desenvolvimento e o enfrentamento das dificuldades, não permite que se prepare e enfrente as situações ameaçadoras, por exemplo, ansiedade que conduz a mau desempenho no trabalho, retração social ou hipertensão. A ansiedade crônica é difícil de dominar e dolorosa de suportar, é agravada pelas pressões do dia a dia: trânsito, dívidas, os meios de comunicação, as exigências familiares, os relacionamentos pessoais, a velhice, a doença, a ameaça de perder o status, o poder, os amores, as possibilidades de concretizar determinados planos.
É preciso reconhecer quando a ansiedade saudável se transforma em uma perturbação emocional ou transtorno ansioso e buscar apoio especializado de forma que a pessoa seja capaz de recuperar suas defesas e aplicá-las na redução de seus problemas, e que só o fato de nos pormos a caminho para descobrirmos o que de melhor há dentro de nós mesmos, já reduz a ansiedade, pois cada um de nós é o arquiteto de seu próprio futuro e, se utilizarmos nossos melhores materiais de construção, nada teremos a temer.
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